SINASEFE apoia professores da Unirio que enfrentam criminalização das lutas
No último domingo (13/10) a 197ª PLENA do SINASEFE aprovou uma moção de solidariedade aos docentes da Unirio: Rodrigo Castelo e Wagner Miquéias. Ambos enfrentam denúncias provenientes de criminalização das lutas após a realização de uma greve finalizada neste segundo semestre de 2024. Moção de solidariedade aos docentes da Unirio:Rodrigo Castelo e Wagner Miquéias Tivemos uma eleição municipal que resultou no fortalecimento de quadros da direita e da extrema-direita, que contaram com as emendas parlamentares como meio de compra de voto. Assim, vemos se consolidar uma cultura pragmática, reacionária, que tem resultado no crescimento do fisiologismo, da violência política e do esvaziamento de espaços de debates. Com isto, métodos tradicionais da esquerda vão sendo criminalizados, tal como já começamos a testemunhar em algumas universidades públicas, como é o caso da Unirio, em que sindicatos e lideranças políticas estão sendo conduzidos a Comissões de Ética e submetidos a processos judiciais, por suas atuações, na última greve docente, encerrada em agosto deste ano.Infelizmente, a Unirio está entre essas universidades, que já começam a ser tomadas pela atmosfera conservadora e reacionária formadora do pensamento político brasileiro atual. Os professores Wagner Miquéias Damasceno (Faculdade de Ciências Sociais), membro ativo do comando local de greve da Unirio, em 2024, e o professor Rodrigo Castelo (Escola de Serviço Social), presidente da Associação Docente da UNIRIO (Adunirio), foram denunciados à Comissão de Ética da universidade, por uma colega docente, sob a alegação de ter sido constrangida pelos docentes a interromper a aplicação de uma prova, durante a greve.O Brasil possui uma história de mobilizações grevistas e tem como fonte de direitos os movimentos paredistas, que marcaram e marcam sua formação econômica e social. Panfletagens, rodas de conversa, piquetes, passeatas são algumas das diversas formas adotadas, pelos militantes, para a construção das greves, que sempre tiveram, também, papel pedagógico e organizativo. Converter esta gramática em crime é um primeiro passo, rumo à suspensão de direitos políticos e econômicos. Razão pela qual fazemos um alerta para a necessidade urgente de cessarmos este retrocesso político em que estamos. Ceder a qualquer tentativa de punição e criminalização da prática sindical é permitir que mais uma frente reacionária avance, em nosso país. Por isto, não podemos hesitar, diante dessas tendências.Certos da sensibilidade e do compromisso de todos(as), convocamos a se unirem em mais este esforço, em defesa da democracia brasileira.
Pelo imediato arquivamento da denúncia contra os professores Wagner e Castelo!
Lutar não é crime!
197ª PLENA DO SINASEFEBaixe aqui a nota acima no timbre do SINASEFE (PDF, 1 página). Fonte: Sinasefe Nacional