Notícia SINASEFE IFSul
27 de março 2023
Mobilização cobra construção de novo prédio para escola em Santa Cruz do Sul, no RS
O Grêmio Estudantil da Escola Estadual de Ensino Médio José Mânica, do município de Santa Cruz do Sul (RS), promoveu uma aula pública, no último dia 17, como forma de manifestação exigindo medidas para o déficit estrutural que se estende há pelo menos uma década no educandário do bairro Esmeralda. Desde que o prédio principal foi demolido em 2013, alunos recebem aulas em estruturas improvisadas e a solução definitiva vem sendo adiada.Contatadas pelo Brasil de Fato RS, a 6ª Coordenadoria de Educação e a Secretaria Estadual da Educação se manifestaram prometendo uma solução em breve.Desde 2013, ano em que o prédio principal da escola foi demolido por apresentar riscos estruturais, a comunidade escolar cobra do estado a construção de nova estrutura. A solução emergencial oferecida à época – instalação de salas de aulas modulares em uma espécie de conteiners revestidos – e que deveria ser provisória segue em uso até os dias atuais. Já foi movimentada inclusive ação na Justiça pelo Círculo de Pais e Mestres cobrando uma solução da parte do governo estadual.Aula pública e manifestaçãoA presidenta do Grêmio Estudantil, Emily Eduarda Trein, manifestou-se junto à reportagem do BdF explicando que a aula pública chamada pelo grêmio estudantil se deu em nome dos alunos atuais e também levando em conta os alunos do território que ainda vão vir a utilizar os serviços do educandário no futuro. “Nós necessitamos desse prédio para poder ter uma sala de estudo digna, com boas condições de aprendizagem”, afirma.A aluna acrescenta ainda que, por conta das estruturas improvisadas, espaços pedagógicos como sala de informática, sala de ciências e biblioteca ficam inviabilizados. Até mesmo o refeitório acaba funcionando em espaço inadequado.O professor Leonardo de Barros Moisés, que ministra a disciplina de Geografia, foi um dos convidados pelos alunos para falar sobre os fatos que levaram à demolição do prédio principal da escola há mais de uma década atrás. “Abordamos também o assunto da valorização do ambiente, de dispor de uma infraestrutura de qualidade, como isso é importante no desenvolvimento educacional dos alunos e de toda comunidade escolar”, conta.Moisés apontou também a importância da formação de cidadãos críticos e valorizou a iniciativa dos alunos em buscarem se manifestar. Relembrou que, inclusive, muitos alunos que estão concluindo o Ensino Médio passaram toda sua vida escolar naquele espaço, privados das condições materiais ideais para sua formação e, mesmo não sendo mais possível serem beneficiados pela futura construção do novo prédio, somaram-se ao ato público em solidariedade aos menores.
Governo do estado promete rápida soluçãoO Brasil de Fato entrou em contato com a 6ª Coordenadoria Regional de Educação, sediada em Santa Cruz do Sul, para solicitar posicionamento sobre as demandas dos alunos. A redação foi informada que as manifestações a respeito do tema deveriam ser buscadas junto à Secretaria Estadual de Educação. Na última semana, no retorno da coordenadora de Comunicação Social, Bianca Garrido, foi repassado esse informe:
“A construção do novo prédio da Escola José Mânica é uma das prioridades do Governo do Estado e a obra, orçada em R$ 4,6 milhões, está em fase de elaboração de contrato. A empresa responsável já foi escolhida e agora a documentação necessária está sendo anexada dentro do processo para posterior assinatura e ordem de início dos trabalhos.”Segundo Garrido, informações mais detalhadas serão repassadas ao Brasil de Fato nos próximos dias, incluindo os prazos previstos para o início das obras.
Foto: Divulgação Grêmio EstudantilFonte: Brasil de Fato
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