Mercado de trabalho fica estável, mas desempregados ainda são 9 milhões. Número cai em relação a 2022
A taxa média de desemprego, calculada em 8,4% no trimestre encerrado em janeiro, ficou estável em relação ao imediatamente anterior e caiu de forma significativa em relação a igual período do ano passado (11,2%). Assim, segundo o IBGE, foi o menor índice para este período desde 2015. Os resultados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (17).Com isso, o número de desempregados foi estimado em 8,995 milhões. Estável ante o trimestre anterior e queda de 25,3% na comparação anual (3,053 milhões de desempregados a menos). Já os ocupados são 98,636 milhões: -1% no trimestre e 3,4% a mais em um ano. E a população fora da força de trabalho soma 66,341 milhões, com crescimento de 2,2% nas duas bases de comparação. Com e sem carteiraSegundo a pesquisa sobre as taxas de desemprego no Brasil, o IBGE aponta que os empregados com carteira assinada no setor privado são 36,813 milhões, com estabilidade no trimestre e crescimento de 6,5% em um ano. E os sem carteira (13,108 milhões) também têm estabilidade no trimestre e alta de 5,9% no período de 12 meses. Já os trabalhadores por conta própria (25,299 milhões) ficam estáveis nos dois casos.O IBGE estima em 21,505 milhões os chamados subutilizados, pessoas que gostariam de trabalhar mais. Esse contingente caiu 5,2% em três meses e 22,5% em um ano. O total de pessoas em situação de desemprego e que deixaram de procurar trabalho, os chamados desalentados (3,961 milhões), também caiu: 5,3% e 16,7% respectivamente. Eles são 3,5% da força de trabalho.Por sua vez, no setor público são 11,809 milhões de empregados. Queda de 4% no trimestre e alta de 3,9% na comparação anual. Informais são 38,5 milhõesAinda alta, a taxa de informalidade segue tendência de leve declínio. Agora, está em 39% dos ocupados, ante 39,1% no trimestre anterior e 40,4% em igual período de 2022. São 38,5 milhões de informais.Entre os setores, em relação ao ano passado a ocupação cai 4,5% na agricultura e sobe 3,5% no comércio/reparação de veículos. Também cresce em alguns setores de serviços, como transporte, armazenagem e correio (9,8%), além do trabalho doméstico (4,4%).Estimado em R$ 2.835, o rendimento médio cresceu 1,6% no trimestre e 7,7% em um ano. A massa de rendimentos (R$ 275,1 bilhões) ficou estável no primeiro caso e cresce 11,9% em 12 meses. Fonte: Rede Brasil Atual / Imagem: EBC