Notícia SINASEFE IFSul

19 de maio 2025

Entidades propõem parceria à Comissão da Verdade da UFRGS para identificar perseguidos

Entidades propõem parceria à Comissão da Verdade da UFRGS para identificar perseguidos Na tarde da última quarta feira (14), a Comissão da Memória e da Verdade Enrique Serra Padrós da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) recebeu representantes da Associação de Ex-Presos e Perseguidos Políticos do RS (AEPPP-RS) e do Movimento de Justiça e Direitos Humanos (MJDH) para a entrega oficial de um documento com propostas para o trabalho da comissão.No documento, as entidades propõe uma parceria com a Comissão da UFRGS para identificar os estudantes, técnicos administrativos e professores que sofreram perseguições da ditadura, assim como os agentes do regime militar (e seus colaboradores internos) responsáveis por essas persecuções.Como medidas de memória e reparação, foi sugerida ainda a criação de um Memorial na UFRGS sobre essas perseguições, a elaboração de uma publicação sobre esses fatos, a realização de formaturas simbólicas dos ex-alunos que não puderam concluir os seus cursos por conta dessas punições e a anulação dos expurgos de professores e funcionários, bem como a reintegração simbólica desses. Por fim, foi sugerida uma parceria para a realização de palestras, debates, exibição de filmes e atividades culturais a fim de rememorar a resistência da comunidade universitária da UFRGS à ditadura militar.A Comissão da Verdade da UFRGS foi instaurada em 10 de dezembro passado pela Reitoria, em uma cerimônia que contou com a participação e testemunhos de familiares de professores expurgados pela ditadura militar. O objetivo da comissão é reunir, produzir e disponibilizar registros do período da ditadura militar no âmbito da universidade, além de apresentar um relatório do trabalho realizado. Nove pessoas, entre docentes, discentes e técnico-administrativos, integram a comissão.A coordenadora do grupo, professora Roberta Baggio agradeceu a parceria proposta e as sugestões apresentadas, explicando que, assim que possível, será elaborado um relatório circunstanciado sobre esses acontecimentos e encaminhará as devidas recomendações à Reitoria, a quem caberá a sua implementação.A AEPPP-RS e o MJDH já identificaram 125 nomes, entre estudantes, funcionários e professores da UFRGS, que sofreram perseguições da ditadura militar. As entidades vão auxiliar investigações e repassar esses dados à Comissão da UFRGS, além de disponibilizar documentos e depoimentos a ela.

Foto: Divulgação/UFRGS
Fonte: Sul21