Conselho de Segurança da ONU aprecia cessar-fogo em Gaza com promessa de veto dos EUA
Israel intensificou os ataques contra palestinos na Faixa de Gaza. Sob pretexto de avançar contra o grupo armado Hamas, as investidas com bombas e também por terra continuam deixando civis como principais vítimas. Já são mais de 15 mil mortos, sendo mais de 60% mulheres e crianças. Diante disso, o diretor-geral da ONU, António Guterres, encaminhou hoje (8) um pedido de cessar-fogo imediato ao Conselho de Segurança. Contudo, mesmo antes da votação entre os membros, os Estados Unidos, integrante com poder de veto, já disseram ser contra.O embaixador adjunto norte-americano na ONU, Robert Wood, no Conselho de Segurança, adiantou o possível veto. Não seria a primeira vez que o país impede decisão por paz na região. “Embora os Estados Unidos apoiem os apelos por uma paz duradoura, na qual israelenses e palestinos possam viver em paz e segurança, não apoiamos os apelos por um cessar-fogo imediato”, disse o diplomata. Não há lugar seguroO massacre em Gaza começou há dois meses, após um atentado do Hamas em território ocupado por Israel, de origem palestina. No início, o governo de Benjamin Netanyahu promoveu bombardeios por todo o território, último independente do povo palestino. Primeiramente, Israel disse que atacaria o norte da região e, por isso, deu 24 horas para mais de 1 milhão de pessoas deixarem suas casas. Contudo, sequer esse acordo cumpriu. Os bombardeios agora estão cada vez mais centralizados no sul, particularmente na cidade de Khan Younes.“Invoquei o artigo 99º da Carta das Nações Unidas devido ao ponto de ruptura em Gaza e o elevado risco de colapso total do sistema de apoio humanitário. Existe claramente, em minha opinião, um sério risco de agravamento das ameaças existentes à manutenção da paz e da segurança internacionais. Receio que as consequências possam ser devastadoras para a segurança de toda a região”, disse Guterres, ao defender o fim do massacre. Anteriormente, a entidade já alertara sobre possível genocídio em curso. Plano final em GazaIsrael pouco esconde suas intenções na região. Desde 1948, data de criação do Estado sionista, israelenses promovem ataques sistemáticos e expulsam, progressivamente, os árabes originários da região. Então, no início desta semana, Netanyahu disse que não deve devolver Gaza aos palestinos, mesmo ao fim da “guerra”. Trata-se de uma postura que, finalmente, pode extinguir a existência do um Estado árabe. Foto: CanvaFonte: Rede Brasil Atual