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5 de março 2024

Comunidade da UFRGS protesta contra ‘canetaço’ que barrou paridade em eleições para reitor

Comunidade da UFRGS protesta contra ‘canetaço’ que barrou paridade em eleições para reitor Entidades representativas de estudantes, professores e servidores da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) realizaram na manhã desta segunda-feira (4) uma manifestação contra o despacho emitido pelo reitor Carlos André Bulhões, na última sexta-feira (1º), suspendendo a resolução do Conselho Universitário (Consun) que estabeleceu a paridade na consulta pública para a definição da reitoria da universidade.Em novembro passado, o Consun aprovou a resolução que definia que votos de estudantes, docentes e técnicos teriam o mesmo peso na escolha da reitoria, em substituição a regra vigente de 70% para professores, 15% para alunos e 15% para técnicos. Em resposta ao despacho do reitor, o Diretório Central de Estudantes da UFRGS convocou o ato desta segunda.“A partir da convocação do DCE, nós construímos um ato na frente da reitoria da UFRGS como resposta ao reitor interventor, que não foi eleito pela comunidade acadêmica, foi indicado pelo governo Bolsonaro, e agora teme a paridade na consulta à reitoria. Então, temendo a paridade, o reitor de forma arbitrária, antidemocrática, desceu um despacho na universidade suspendendo a paridade. Nós construímos esse ato para dizer pro Bulhões que a paridade vai ficar e nós vamos construir uma agenda de lutas na universidade, pela paridade, mas também pela sua destituição”, diz Matheus Fonseca, coordenador do DCE.O Sindicato dos Técnicos-Administrativos da UFRGS (Assufrgs) destaca que, conforme o estatuto da universidade, o Consun tem a decisão final sobre o tema, que não poderia ser alterado por despacho do reitor.“Suspender a paridade não é qualquer coisa. É uma luta de mais de 30 anos! Nós devemos dar uma resposta à altura e dizer que nós não vamos recuar em defesa da paridade. Não tenho dúvidas que só tem uma saída para que a gente faça com que a paridade permaneça no próximo processo eleitoral: é cruzar os braços, é parar essa universidade. Paridade fica. Quem sai é esse reitor interventor bolsonarista”, disse a coordenadora-geral da Assufrgs, Tamyres Filgueira.A entidade também lembrou que o Consun também aprovou no fim do ano passado o segundo pedido de destituição da atual reitoria. O primeiro pedido foi arquivado pelo Ministério da Educação (MEC) no governo de Jair Bolsonaro, enquanto o atual aguarda análise da atual gestão.
Foto: Divulgação/AssufrgsFonte: Rede Brasil Atua

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