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10 de setembro 2019

Trabalhadores dos Correios podem entrar em greve a partir das 22h desta terça

Os carteiros realizam assembleias hoje (10) em diversos estados do país para decidir se entram em greve por tempo indeterminado, a partir das 22h. A mobilização foi convocada Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores e Trabalhadoras dos Correios (Findect) e as assembleias são realizadas pelos sindicatos nos estados.Segundo o diretor de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba, Douglas Melo, há uma tendência para a greve ser aprovada nas assembleias de hoje. Em São Paulo, a assembleia será realizada na sede do CMTC Clube, no Canindé.A categoria está em estado de greve em todo o país, porque a empresa não tem se mostrado disposta a negociar, nem mesmo com a entrada do Tribunal Superior do Trabalho (TST) como mediador. “A empresa informou na semana passada que não ia participar do processo com o tribunal”, disse Melo.A direção da empresa estatal pretende retirar 45 cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho, o que, segundo as estimativas de Melo, vão representar um prejuízo anual para cada trabalhador em torno de R$ 5 mil. A empresa também oferece apenas 0,8% de reajuste salarial. A data-base da categoria é 1º de agosto.Além de defender a manutenção de todas as cláusulas, os trabalhadores querem um aumento linear de R$ 300 por conta de aumento de produtividade, com reposição da inflação pelo índice IPCA-Dieese. Os carteiros também reivindicam que os valores do acordo coletivo de trabalho sejam reajustados pelo percentual do reajuste salarial, entre outros itens da pauta da categoria.
Plenária contra a privatizaçãoA mobilização dos trabalhadores é contra a privatização da empresa também. Na quarta-feira (11), eles realizam uma plenária “de resistência contra as privatizações e a destruição do estado brasileiro”, anunciada pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Como o governo anunciou um pacote de privatização com 17 estatais, os trabalhadores dos Correios convidaram representantes de outras categorias que atuam nessas empresas para participar da plenária.A privatização dos Correios, em particular, deve receber resistência dos trabalhadores, da sociedade e do próprio Congresso Nacional. “A resistência é uma necessidade, uma tarefa histórica colocada para os trabalhadores e suas entidades representativas frente a um governo entreguista, explorador e autoritário”, dizem os carteiros. Na plenária, os trabalhadores devem decidir ações conjuntas para esclarecer a opinião pública do processo de entrega da soberania que está em curso no país com o governo Bolsonaro.
Fonte: Rede Brasil 

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