Notícia SINASEFE IFSul

12 de dezembro 2018

SINASEFE vai combater a LGBTfobia na Rede Federal

O SINASEFE intensificará suas ações de combate às opressões em 2019. Seguindo deliberação da 156ª PLENA, o sindicato lançará no início do próximo ano letivo um Kit de Combate à LGBTfobia, com conteúdo que promova uma reflexão junto aos educadores e à comunidade escolar sobre a importância de se respeitar a diversidade sexual e de se repudiar toda forma de opressão - seja ela de gênero, de raça/etnia, de orientação sexual etc.Em vídeo, gravado em 10 de dezembro, a coordenadora geral do SINASEFE, Camila Marques, entrevista quatro militantes do movimento LGBT, que falam sobre as particularidades de suas vidas e militâncias e dizem como esperam que um material de combate à LGBTfobia contemple as demandas do movimento.
EntrevistasRafael Machado, gay, estudante e militante do Coletivo LGBT Dandara dos Santos, foi o primeiro a falar e dissertou sobre a importância de estar num ambiente escolar que o respeite pelo que ele é e o valorize desta forma. "Quando eu cheguei num lugar que me ofereceu educação plural, que me deixava entender quem eu era, isso abriu minha mente e me fez refletir sobre o que eu sentia", disse Rafael.Talita Victor, lésbica e servidora pública, atacou as diretrizes dos PLs do Escola Sem Partido, que visa impedir debates sobre gênero e educação sexual nas escolas. "Crianças engravidam, sofrem com epidemias de sífilis e HIV; uma professora foi quem me ensinou o que era menstruação, não fui orientada sobre isso dentro de casa (...) e não quero que ela seja proibida, amordaçada e criminalizada por fazer um bom trabalho", finalizou Talita.Daniel Ribeiro, transexual e militante de movimento popular, falou sobre a necessidade de aceitação e visibilização da comunidade transgênero, tanto na escola como no mercado de trabalho. "Que a escola e os empregadores consigam abrir os olhos e perceber que nós não somos inimigos de ninguém, só queremos viver o nosso amor, a nossa identidade e sermos felizes", afirmou Daniel.Gustavo Melo, gay, professor da Rede Federal e também militante do Dandara dos Santos, fechou a entrevista analisando a conjuntura regressiva que se aproxima com o futuro governo Bolsonaro. "Nós vamos perder espaços que ocupamos, muitos vão acabar voltando para a marginalidade na luta, as escolas vão se tornar ambientes ainda mais inóspitos para a população LGBT, mas eu tenho esperança, pois a população LGBT nunca teve paz no Brasil. (...) Nós chegamos até aqui e vamos conseguir sobreviver a esse governo", falou Gustavo.
Fonte: Sinasefe Nacional 

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