Os preços da cesta básica aumentaram, em janeiro, em 11 das 17 capitais pesquisadas pelo Dieese. Segundo o instituto, que divulgou os resultados nesta quinta-feira (6), predominaram altas em itens como óleo de soja, açúcar, tomate, feijão, banana e batata (região Centro-Sul), enquanto o valor da carne bovina de primeira caiu na maioria das cidades neste primeiro mês do ano.De acordo com o Dieese, os aumentos mais expressivos foram registrados em três capitais do Nordeste: Aracaju (4,75), Salvador (4,43%) e João Pessoa (3,87%). Depois vem Belo Horizonte, com 2,57% de alta em janeiro. As principais quedas ocorreram no Sul e Sudeste: Florianópolis (-4,41%), Rio de Janeiro (-1,89%), Curitiba (-1,43%) e Vitória (-1,41%).
Já a capital com a cesta mais cara foi São Paulo (R$ 517,51), seguida por Rio de Janeiro (R$ 507,13) e Porto Alegre (R$ 502,98). E os menores valores médios foram os de Aracaju (R$ 368,69) e Salvador (R$ 376,49).
No acumulado em 12 meses, todas as capitais têm aumento. Destaque para Vitória (16,03%), Goiânia (14,28%), Porto Alegre (13,89%) e Recife (13,50%).
Com base na cesta mais cara, o Dieese calculou em R$ 4.347,61 o salário mínimo necessário para as necessidades básicas de um trabalhador e sua família, 4,18 vezes o valor oficial no mês passado (R$ 1.039 – a partir deste mês, o mínimo passou a R$ 1.045). A proporção era de 3,94 vezes em janeiro do ano passado e 4,35 em dezembro.
Em janeiro, o tempo médio necessário para adquirir os produtos da cesta básica foi de 94 horas e 26 minutos, abaixo de dezembro (97 horas e 42 horas) e acima de igual mês do ano passado (88 horas e 5 minutos). O trabalhador que ganha o piso nacional comprometeu 46,65% de sua remuneração, ante 48,27% e 43,52%, respectivamente.
O preço do óleo de soja subiu em todas as capitais pesquisadas pelo Dieese, com aumentos de 1,17% (Belém) a 9,95% (Campo Grande). Já o quilo de açúcar e o preço médio da banana e do tomate tiveram alta em 14 das 17 cidades.
Fonte: Rede Brasil Atual