Notícia SINASEFE IFSul

4 de outubro 2019

Manifestações em todo o país encerram a Greve Nacional da Educação

A Greve Nacional da Educação, de 48 horas, chegou ao fim com manifestações por todo o país. No Rio Grande do Sul, nem mesmo o vento e a chuva atrapalharam a realização dos atos pelas ruas de Pelotas e Porto Alegre. Os dois dias de movimento foram marcados por debates, palestras, rodas de conversa, mobilizações e, principalmente, pela aproximação entre comunidade e instituições federais de ensino. Durante as atividades da quinta-feira, 3, estudantes montaram pontos de atendimento para a comunidade com medição de pressão, avaliação nutricional, entre outros serviços. No segundo dia de Greve da Educação em Pelotas, trabalhadores e estudantes ocuparam o largo do Mercado Central para o ato unificado “Educação na Rua”, em defesa da educação pública e contra os ataques do governo federal. Durante toda a tarde, estudantes montaram pontos de atendimento para a comunidade com medição de pressão, avaliação nutricional, entre outros serviços. A manifestação contou ainda com a Tenda do Afeto Popular e apresentações artísticas do grupo de choro "Feito a Martelo"; as bandas "Candé", "Coletivo Casa Verde", "Afro Black Soul" e "O Processo"; do grupo "Slam das Minas" e do ator Cid Branco. As atrações foram intercaladas por falas de representantes sindicais, estudantis e lideranças populares.Após o ato unificado, um debate sobre o movimento estudantil e docente e o programa Escola Sem Mordaça fechou a série de discussões da Greve Nacional da Educação. A atividade foi realizada na sede do Diretório Acadêmico do curso de História da UFPel. O encerramento oficial das 48h de luta ocorreu na sede da ASUFPel-Sindicato, com o Buteco da Filosofia e a III Jornada do É'LÉÉKO: Epistemologias e Metodologias Descoloniais e Antirracistas, promovida pelo Curso de Psicologia da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Psicologia Social e Institucional da UFRGS.
Servidores estaduais e municipais na lutaA mobilização contou com o apoio e a presença de representantes do Sindicato dos Municipários de Pelotas (SIMP) e do 24º Núcleo do Sindicato dos Professores e Funcionários de Escolas do Rio Grande do Sul (CPERS). Os trabalhadores estaduais enfrentam, há mais de quatro anos, o congelamento e o parcelamento de salários, iniciado no governo de José Ivo Sartori (MDB) e mantido pelo atual governador Eduardo Leite (PSDB). Os servidores do município de Pelotas foram surpreendidos, na última semana, com o anúncio de que a prefeitura irá seguir o exemplo do governo do estado e parcelar os vencimentos dos trabalhadores. A presidente do SIMP, Tatiane Rodrigues, ressaltou que a decisão da prefeitura de Pelotas tem o objetivo de pressionar a aprovação de projetos impopulares, como a reestruturação do plano de carreira dos professores municipais e a taxa de iluminação pública. A categoria entrou em greve nesta semana e realizará uma assembleia para avaliação do movimento na próxima segunda-feira, 07. De acordo com a presidente do SIMP, os municipários valem-se do mesmo argumento da prefeitura para o desconto de dias parados. “Se não trabalha, não tem salário?”, então agora “sem salário, não tem trabalho”, ressaltou Rodrigues.
Mobilização na Região MetropolitanaOs servidores do IFSul Campus Sapucaia do Sul, em parceria com o movimento estudantil, realizaram uma série de atividades nos dois dias de Greve Nacional da Educação. Na quarta-feira, 02, foi aberta ao público uma exposição sobre a história da luta pela educação, com participação de diversas entidades. No dia 03, pela manhã, foi realizado um cine debate no campus sobre o filme “Espero tua (re)volta”, que retrata as atividades do movimento estudantil que ganhou força a partir do ano de 2015, ocupando escolas estaduais por todo Brasil. No final da tarde, os servidores da região metropolitana participaram do ato unificado em Porto Alegre. Por volta das 17h, estudantes começaram a se reunir diante da Faculdade de Educação (Faced), no campus central da UFRGS. Pouco antes das 18h, saíram em caminhada em direção à Esquina Democrática, onde outro grupo de estudantes já se reunia. Quando os dois grupos se uniram, por volta das 18h10, as diversas entidades ali representadas se manifestaram de cima de um caminhão de som posicionado na Esquina. Por volta das, 18h30, os manifestantes retomaram a caminhada pelo Centro de Porto Alegre, passando pela avenida Júlio de Castilhos, pelo Túnel da Conceição, até se encerrar nas imediações do campus central da UFRGS.
*Com informações da ADUFPel-SSind e Sul 21