Notícia SINASEFE IFSul

18 de junho 2019

Greve Geral: Trabalhadores dizem não à reforma da previdência

A Greve Geral da última sexta-feira, 14 de junho, parou parte significativa dos meios de produção do país. Com adesão dos setores de transporte, educação, bancos e serviços em geral, o movimento foi uma mensagem clara ao governo de que o projeto de desmantelamento do sistema previdenciário brasileiro não passará sem resistência da classe trabalhadora. Além da paralisação, trabalhadores e estudantes lotaram as ruas em todas as regiões do país. O movimento considerado exitoso pelos organizadores, foi convocado durante as atividades do 1º de maio, por dez centrais sindicais (CGTB, CSB, CTB, CSP-Conlutas, CUT, Força Sindical, Intersindical – Central, Intersindical – Instrumento de Luta, Nova Central e UGT). Nas últimas semanas, mesmo diante de alguns recuos do legislativo na Comissão Especial, a organização do movimento foi intensificada e diversas categorias decidiram atender ao chamado das centrais. Em todo o país, mais de 300 cidades registraram protestos, 19 capitais tiveram o sistema de transporte paralisado e oito capitais contaram ainda com bloqueio parcial em estradas. O movimento teve como pauta central a luta contra a Reforma da Previdência do governo Bolsonaro (PEC 06/2019), como efeito a recuada dos membros da comissão especial da Câmara em diversos pontos considerados nevrálgicos, como o BPC, aposentadoria rural e adesão ao sistema de capitalização. No entanto, é fundamental destacar que tais ataques podem ser reinseridos durante a discussão em plenário, ou seja, a mobilização precisa ser mantida até que seja garantido o sepultamento desse absurdo projeto.Conforme deliberação da assembleia geral da categoria, realizada no dia 27 de maio, as atividades no IFSul foram suspensas em todos os campi e reitoria. Em diversas cidades, os servidores participaram de mobilizações organizadas coletivamente por entidades sindicais e sociais. Servidores da região metropolitana participaram das atividades realizadas em Porto Alegre, que reuniram milhares de pessoas na região central da capital.Em Pelotas, o transporte público ficou paralisado durante toda a manhã. Já a concentração para o ato unificado iniciou nas primeiras horas da tarde, no largo do Mercado Público. Trabalhadores e lideranças políticas e sociais fizeram falas denunciando os ataques ao sistema previdenciário contidos na proposta do governo. Um pouco antes das 16h, os milhares de manifestantes saíram em caminhada pelas ruas centrais da cidade. A marcha foi até a avenida Bento Gonçalves e retornou pelo calçadão, onde os manifestantes buscaram dialogar com os trabalhadores do comércio sobre a pauta do movimento.

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