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11 de janeiro 2021

Covid-19: USP disponibiliza áudios e vídeos para combater fake news sobre vacinas

Com a proliferação de mensagens falsas sobre covid-19 nas redes sociais, representantes do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo (USP) têm gravado áudios e vídeos com o objetivo de fornecer conteúdo confiável à população. A União Pró-Vacina, que conta com o apoio de sete instituições, criou materiais que podem ser usados por qualquer um, de forma a bem informar amigos e familiares.Ao todo, até o momento, são 12 vídeos e 16 áudios disponíveis para download. Entre os temas abordados, estão a importância da campanha de vacinação e o esclarecimento de dúvidas em torno de vacinas.O estudante de graduação em Farmácia da USP Ribeirão, Wasim Syed, integrante da União Pró-Vacina, explica que a ideia surgiu a partir de uma análise dos conteúdos recebidos por WhatsApp pelos próprios integrantes do projeto. “Grande parte das fake news que saem sobre vacinas e coronavírus são disseminadas por áudios enviados por pessoas que estão conversando com alguém da família. Isso viraliza muito mais do que vídeos e qualquer informação correta”, diz.A partir dessa constatação, o grupo começou a adaptar para mensagens de áudio conteúdos já postados em outras redes sociais. O roteiro costuma incluir a pergunta, a apresentação do integrante que está narrando e a explicação correta, sempre usando fontes confiáveis, como revistas científicas.
“O áudio é ainda mais acessível para as pessoas porque ela não precisa saber ler para entender o conteúdo da mensagem. É diferente de um artigo ou um post um pouco maior no Facebook. Um áudio você só escuta. E a linguagem que estamos usando nessas peças é bem simples”, explica Wasim.As mensagens esclarecem mitos tradicionais, como a possibilidade de vacinas causarem autismo e informações falsas que têm circulado a partir do lançamento de vacinas contra a covid-19, como a que cita alterações no DNA. Os disparos são feitos duas vezes por semana pelos próprios integrantes.A iniciativa começou no final de dezembro e, segundo os idealizadores, tem dado bons resultados. “Uma das mensagens que fizemos falava sobre um possível impacto da velocidade de desenvolvimento das vacinas em sua qualidade, sua eficácia e sua segurança. Era um áudio curto, de aproximadamente dois minutos. E circulou tanto que, em pouco tempo, uma colega recebeu a mensagem em um grupo de caronas. Ou seja, está tendo o efeito esperado”, comemora o estudante.Com informações da USP e Agência Brasil
Fonte: Sul 21