O governo Bolsonaro está preparando um edital, que deve ser lançado ainda em fevereiro, para readmitir médicos cubanos que atuavam no Programa Mais Médicos e não deixaram o Brasil, depois que Cuba encerrou a participação no programa em razão dos frequentes ataques de Jair Bolsonaro. Segundo reportagem publicada neste sábado pelo jornal El País, existem atualmente mais de 750 vagas ociosas por conta das constantes desistências de médicos brasileiros admitidos para trabalhar nos municípios mais vulneráveis do país.Desde que era deputado federal, Jair Bolsonaro critica constantemente o Programa Mais Médicos, implantado no governo Dilma Rousseff (PT). Em diferentes ocasiões, ele disse que os cubanos formavam guerrilhas no Brasil e comparou o regime de trabalho à escravidão.Ao El País, o secretário de Atenção Primária à Saúde do Ministério da Saúde, Erno Harzheim, explicou que não se trata de um edital de concorrência, mas de um chamamento público, dirigido exclusivamente aos cubanos que atuavam na atenção básica pelo Mais Médicos. Além disso, o chamamento deve manter uma determinação do Mais Médicos, que dispensava o Revalida, prova que valida o diploma para exercício da medicina no Brasil.
O governo Bolsonaro vem promovendo mudanças no Programa – para além da saída dos cubanos – que agora se chama Médicos para o Brasil e é focado apenas nas cidades mais vulneráveis. Foi uma emenda incluída durante a discussão do novo programa no Congresso – sancionado por Bolsonaro – que permitirá a recontratação dos médicos cubanos.
Fonte: Sul21