Notícia SINASEFE IFSul

9 de maio 2019

Assembleia Geral aprova paralisação contra os cortes na educação e a reforma da previdência

Em Assembleia Geral do Sinasefe-IFSul, realizada nesta quarta-feira, 8, no campus Pelotas, os servidores do IFSul aprovaram a paralisação das atividades no Instituto no dia 15 de maio, com adesão aos atos do Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação. A data, convocada inicialmente como uma resposta dos trabalhadores da educação à reforma da previdência do governo Bolsonaro, ganhou novos contornos após o país ser surpreendido pelo anúncio do MEC de um novo corte de 30% do orçamento das instituições federais.Com um impacto significativo na vida não apenas dos estudantes e servidores, mas de todas as comunidades atendidas pelas instituições de ensino, as mobilizações têm se espalhado rapidamente pelo país. Em poucos dias, intelectuais, lideranças políticas, pesquisadores e reitores já manifestaram preocupação com a decisão. Segundo os reitores do IFSul e da UFPel, caso a decisão do MEC não seja revista, as instituições devem fechar as portas no mês de setembro. A prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas (PSDB), divulgou um vídeo em apoio às instituições de ensino de Pelotas. Na publicação, alerta para o efeito nefasto que uma suspensão nas atividades das duas instituições teria na cidade. A gestora destaca que o atendimento nas unidades básicas de saúde e nos hospitais locais, entre outros serviços, são realizados em parceria com a UFPel. Assim, os cortes na instituição são, também, cortes nos serviços ofertados à população de Pelotas. Além disso, Paula alerta para o impacto financeiro que a saída de milhares de estudantes teria na economia local.O coordenador de organização do Sinasefe, Francisco Brongar, lembrou que os servidores do instituto já enfrentaram batalhas muito difíceis e já reverteram até mesmo ameaças de privatização. Mas se não fosse com união, mobilização e as greves, nenhuma dessas conquistas teria sido possível. Representantes do movimento estudantil manifestaram apoio ao Dia Nacional em Defesa da Educação e informaram que os estudantes estarão ao lado dos servidores nos atos do dia 15/5.
Agenda de mobilização:Os representantes de base presentes na assembleia informaram que, em alguns campi, comissões locais já estão trabalhando na organização de diversas atividades preparatórias para a paralisação do dia 15. Serão realizadas aulas públicas, palestras, oficinas de produção de cartazes e faixas, entre outras. A agenda de atividades de cada campus será divulgadas na página do Sinasefe-IFSul nos próximos dias. Para participar da organização das atividades, os servidores devem procurar os representantes do Sindicato no campus.
Desinformação nas Redes Sociais Desde o início de seu governo, Jair Bolsonaro tem demonstrado incapacidade em apresentar propostas para a educação. Além disso, duas escolhas problemáticas para o comando da pasta, jogaram o MEC em uma das piores crises da história. Na tentativa de justificar os erros e as decisões que atacam a educação pública nacional, o governo tem lançado mão, novamente, da desinformação como estratégia política. A partir das redes sociais, o presidente e seus apoiadores lideram uma série de ataques a instituições federais e estudantes.Na primeira semana de maio, o ministro da educação, Abraham Weintraub, iniciou uma verdadeira caça às bruxas, anunciando cortes no orçamento das universidades que, na sua opinião, estariam fazendo “balbúrdia”. Após diversas críticas e a comprovação de que tais instituições estavam, na verdade, entre as melhores do país, Weintraub recuou e decidiu cortar o orçamento de todas as instituições federais. Além disso, na quarta-feira 8, foi anunciado um corte em massa nas bolsas de pós-graduação. O MEC suspendeu todas as bolsas consideradas “ociosas”, ou seja, bolsas que estavam em processo de migração entre os estudantes que concluíram seus cursos e os ingressantes. Foram mais de sete mil bolsas descontinuadas, que deverão impactar significativamente na produção científica do país nos próximos anos. Na tentativa de justificar estes ataques à educação, a base de apoio do governo tem coordenado uma verdadeira guerra virtual contra as instituições federais de ensino. São montagens com fotos e vídeos de atividades colocadas fora de contexto que tentam atribuir um caráter distorcido às universidades e institutos federais. Já foram encontradas imagens de atividades antigas, que não ocorreram no interior de instituições públicas e, em alguns casos, fotografias e vídeos de outros países sendo utilizadas para distorcer a imagem das instituições e causar revolta na população.O Sinasefe-IFSul pede cautela a todos que recebem ou acessam esse tipo de material. Não reproduzam conteúdo não verificado, questione quem se beneficia com tal publicação. Em caso de dúvida, conversem com alunos e servidores sobre o que ocorre de fato nas instituições públicas. Visitem os institutos e as universidades, eles são públicos e abertos para a comunidade. 
UnimedO coordenador de organização do Sinasefe, Francisco Brongar, apresentou a proposta da Unimed para o reajuste anual dos planos de sete e dez faixas do Sindicato. Além de um aumento de 15, 93% na mensalidade, a operadora propõe a implantação de coparticipação de 30% em exames eletivos e de uma taxa de internação no valor de R$350,00. Considerando os reajustes anteriores e a atual situação do país e dos servidores públicos, que não recebem reajuste desde 2015, a categoria decidiu rejeitar a proposta apresentada pela operadora. O encaminhamento aprovado é de que toda negociação seja no sentido de não reajustar os planos neste ano, pois qualquer reajuste, por menor que seja, pode resultar em uma evasão em massa.

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