Notícia SINASEFE IFSul

1 de junho 2019

30 de maio: Tsunami da educação avança pelo país

Nem mesmo a chuva e o frio foram capazes de dispersar os manifestantes que aderiram ao segundo Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação. Em Pelotas, o movimento levou milhares de pessoas  para o Largo do Mercado Público. Com bandeiras de diversas entidades de classe, movimentos sociais e partidos políticos, os presentes compartilhavam de uma causa em comum, a indignação com os cortes anunciados pelo Ministério da Educação no início de maio. Considerada uma iniciativa de cunho ideológico, que visa atacar as instituições de ensino e o pensamento científico no país, a medida do MEC tem enfrentado ampla resistência popular e somente em maio resultou em dois dias nacionais de luta. A data, convocada inicialmente pelo movimento estudantil, faz parte de uma onda de manifestações que tomaram conta do país nas últimas semanas e que ficou conhecida como Tsunami da Educação. Além dos atos públicos, o movimento tem investido no diálogo com as comunidades, com o objetivo de aproximar as pessoas da realidade das instituições de ensino e da sua importância nas comunidades em que estão presentes. No IFSul, as atividades foram suspensas nos três turnos, conforme decisão de assembleia geral da categoria. O diretor do campus Pelotas, Carlos Corrêa, esteve presente no ato e manifestou o seu total apoio aos estudantes e servidores que lutam pela educação pública de qualidade. O reitor da Universidade Federal de Pelotas, Pedro Hallal, também participou da mobilização. Em sua fala, o reitor destacou que não pediu permissão ao MEC para participar de atividades em defesa da educação, em resposta ao ofício divulgado pelo ministério, que visava coibir a participação de servidores e gestores nas atividades do dia 30.Após diversas falas e com milhares de pessoas reunidas no entorno do Mercado Público, os manifestantes partiram em caminhada para o centro da cidade. Com cartazes, bandeiras e faixas, os manifestantes entoaram canções de resistência contra os cortes na educação e a reforma da previdência. Durante a caminhada, comerciários e moradores da região aplaudiram e cantaram junto com os manifestantes. A caminhada durou cerca de uma hora e meia e se ocupou diversas quadras.
Mobilização na Base:Em Porto Alegre, um grande ato unificado reuniu milhares de pessoas na esquina democrática, ponto histórico de manifestações do campo progressista no estado. Estudantes e servidores da UFRGS iniciaram a concentração para o ato em frente ao prédio da Faculdade de Educação, de onde marcharam para a esquina democrática ao som das palavras de ordem do dia: “Não vai ter corte, vai ter luta”. Puxando a marcha, um grupo de jovens fazia uma encenação simbolizando os cortes na educação e na Previdência, liderados pelo personagem Edward Mãos de Tesoura com uma faixa presidencial. Após a unificação do ato, os manifestantes partiram em marcha da esquina democrática em direção ao Túnel da Conceição.A base do Sinasefe-IFSul participou de ato, ainda, nas cidades de Jaguarão, Venâncio Aires, Lajeado, Sapucaia do Sul e Passo Fundo.  
Rumo à Greve GeralApós o sucesso do segundo Dia Nacional de Luta em Defesa da Educação, centrais sindicais, movimentos sociais e estudantil devem focar na organização da Greve Geral de 14 de junho. Convocada inicialmente para denunciar a reforma da previdência do governo Bolsonaro,  a Greve Geral irá incorporar a luta contra os cortes da educação e caminha para se consolidar como o maior movimento unificado do ano.

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