Notícia SINASEFE IFSul

28 de novembro 2019

27 de novembro: Dia Nacional de Mobilização pelo Fundeb

Convocado pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE), o Dia Nacional de Mobilização pelo Novo Fundeb movimentou os(as) servidores(as) do IFSul. A categoria aprovou a paralisação das atividades na data, bem como a realização de atividades de mobilização da categoria. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) tem vigência assegurada somente até 31 de dezembro de 2020. Após essa data, o regime de cooperação ficará extinto, podendo comprometer gravemente o financiamento da educação em todo país.
Mobilização em PelotasDurante a manhã, servidores se reuniram em frente ao Campus Pelotas, onde trocaram experiências de luta, manifestaram apoio aos companheiros(as) do CPERS, violentados pelo governo de Eduardo Leite por exercerem o direito à livre manifestação, na tarde de ontem. Após o almoço, realizado em frente ao campus, os servidores seguiram para a sede da ASUFPel Sindicato, onde ocorreu o debate sobre os turnos contínuos nas instituições federais, com a presença do coordenador de ação do Sinasefe-IFSul, Nilo Campos, e do assessor jurídico da ASUFPel Sindicato, Jair Mayer. Um dos pontos centrais do debate foi a desconstrução do imaginário de que os turnos contínuos atendem exclusivamente aos interesses dos servidores. “A jornada de 30 horas é uma defesa da categoria, que visa a qualidade de vida do trabalhador, entretanto, o atendimento ininterrupto representa uma melhoria nos serviços prestados à comunidade como um todo”, destacou o assessor jurídico. Mayer destacou, ainda, que a UFPel vinha de um perfil elitista, com cursos diurnos e um funcionamento que atendia aos interesses de grupos com disponibilidade para buscar atendimento em horário comercial, com a ampliação dos cursos noturnos e a consequente democratização da universidade, o perfil da universidade mudou e, com ele, as necessidades da comunidade acadêmica. Nilo Campos apresentou um panorama histórico da luta dos servidores do instituto na questão das 30 horas. Ele lembrou que essa batalha foi marcada, historicamente, pela perseguição aos trabalhadores por parte de agentes do Ministério Público. As sucessivas tentativas de violar decisões judiciais conquistadas pela categoria demonstra o total desrespeito dos agentes do MP pelas instituições, na sanha por perseguir os servidores públicos. Ainda assim, Nilo lembrou que o instituto demonstrou, em todas as instâncias, que não há ilegalidade, imoralidade ou inconstitucionalidade na adoção dos turnos contínuos. Mais do que isso, o IFSul comprovou que houve uma melhora significativa nos serviços prestados à comunidade. “Mas tudo isso, só foi possível em função dos anos de luta que os servidores, agregados em nossa entidade sindical, construíram. O fundamental nessa batalha é manter a nossa unidade.” destacou Campos.   Nilo encerrou sua fala lembrando que os desafios que se apresentam são duros e atingem em cheio os servidores públicos. A reforma da previdência, já homologada pelo governo, é apenas o começo do desmonte das condições de trabalho e de vida do projeto do atual governo. No entanto, o dirigente lembrou que por pior que a conjuntura possa parecer, “não existe governo imbatível, o importável é lutar!” finalizou.